Grão de areia
Ah... ando feliz.
Pena o modo "sandes mista" não durar. Esta combinação de trabalho e lazer é perfeita.
Se por um lado, quebra o tédio dos "maus" dias de férias, por outro, alija a carga e o stress do trabalho.
E o alheamento que consigo dos acontecimentos noticiosos(ados) é sublime. Pena que a vida no mundo não volte ao ritmo do carro de bois.
Os dias e as noites crescem, em tamanho e qualidade.
A noção do superflúo assume proporções gigantescas.
Quero lá saber o que se passa pelo mundo fora. Preocupo-me mais com o vizinho que deu um tralho e escavacou um dedo.
Quero lá saber do Simplex, Duplex ou Triplex... não me venham cá eles chatear a molécula. Quero mais saber de uma melancia que me nasceu por acaso no jardim.
Quero lá saber do 3G, do WI-FI, do Dolby-Surround... chegada a hora, o Off button é imperador. Há melhor ecrâ panorâmico e som realista do que a natureza itself?
Incontactável? Ah pois! Se estão a uma caminhada de 5 minutos da minha sanzala e querem dar à língua, metam o lélé na algibeira e venham gozar uma fresquinha à sombra da Pimenteira no quintal, enleados na suavidade etérea dos "vapores" das Lavandas.
Vamos à praia. Caminhemos.
Vamos ao mar. Nademos.
Vamos "lavar" o corpo e a alma na frescura das águas. O espírito agradece e clarifica-se.
Observo as rochas. Já cá estavam antes de mim e cá continuarão depois de mim. A angústia de ser finito invade-me mas, a percepção de ter sido contemplado com vida e poder admirar o mundo deixa-me feliz.
Observo a minha filhota, feliz e inocente. "Olha pai, apanhei um carangueijo. Vem ver. Está no meu baldinho!". Observo o animalzinho, tenazes em riste qual mestre de artes marciais. Antes de eu dizer o que fosse, a minha maçãzinha diz-me "Agora vou libertá-lo... ele já deve ter saudades da família! Vem ajudar-me". E lá fui, água salgada a rasar-me as pálpebras... antecipando a saudade da presente infância da minha menina.
Observo a areia. Muitos grãos a fazem, um só não é quase nada.
Sou eu.
Somos nós.
Pena o modo "sandes mista" não durar. Esta combinação de trabalho e lazer é perfeita.
Se por um lado, quebra o tédio dos "maus" dias de férias, por outro, alija a carga e o stress do trabalho.
E o alheamento que consigo dos acontecimentos noticiosos(ados) é sublime. Pena que a vida no mundo não volte ao ritmo do carro de bois.
Os dias e as noites crescem, em tamanho e qualidade.
A noção do superflúo assume proporções gigantescas.
Quero lá saber o que se passa pelo mundo fora. Preocupo-me mais com o vizinho que deu um tralho e escavacou um dedo.
Quero lá saber do Simplex, Duplex ou Triplex... não me venham cá eles chatear a molécula. Quero mais saber de uma melancia que me nasceu por acaso no jardim.
Quero lá saber do 3G, do WI-FI, do Dolby-Surround... chegada a hora, o Off button é imperador. Há melhor ecrâ panorâmico e som realista do que a natureza itself?
Incontactável? Ah pois! Se estão a uma caminhada de 5 minutos da minha sanzala e querem dar à língua, metam o lélé na algibeira e venham gozar uma fresquinha à sombra da Pimenteira no quintal, enleados na suavidade etérea dos "vapores" das Lavandas.
Vamos à praia. Caminhemos.
Vamos ao mar. Nademos.
Vamos "lavar" o corpo e a alma na frescura das águas. O espírito agradece e clarifica-se.
Observo as rochas. Já cá estavam antes de mim e cá continuarão depois de mim. A angústia de ser finito invade-me mas, a percepção de ter sido contemplado com vida e poder admirar o mundo deixa-me feliz.
Observo a minha filhota, feliz e inocente. "Olha pai, apanhei um carangueijo. Vem ver. Está no meu baldinho!". Observo o animalzinho, tenazes em riste qual mestre de artes marciais. Antes de eu dizer o que fosse, a minha maçãzinha diz-me "Agora vou libertá-lo... ele já deve ter saudades da família! Vem ajudar-me". E lá fui, água salgada a rasar-me as pálpebras... antecipando a saudade da presente infância da minha menina.
Observo a areia. Muitos grãos a fazem, um só não é quase nada.
Sou eu.
Somos nós.
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